sexta-feira, 11 de março de 2011

Ficar bem patente no sorriso o lugar onde bate a sombra
Lembrar que no preciso momento em que se sente a sombra
Sente-se a ausência de luz, sente-se a falta de vida
Mas só lembrar e deixar patente nesse sorriso a memória de sombra

Largar as memórias depois, larga-las num lugar confortável
Esperar o impensável, mas nunca numa atitude de espera
Esperar sem esperar, aguardar sem estar parado, mas aguardar
O sol, inevitavelmente cegará a sombra da sua ausência

Recolher novamente os pedaços todos de um algo que o não é
Lavar todos os vestígios de ausência e saudade, lavar, lavar bem
Deixar tudo ao sol e não á sombra, largar tudo ao sol para evaporar
Evaporar o desgosto, a saudade minha e tua largar o corpo e voltar á luz

Lembrar a sombra, sempre a lembrar a sombra, que não paira mas descansa
Lembrar a sombra e o desgosto, a saudade nossa a minha e a tua
Lembrar tudo e recolher, recolher para confortar, para acolher
Passado o tempo de lembrar, soltar tudo ao sol e largar-me num só!

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