quarta-feira, 23 de março de 2011

Ás vezes pergunto-me só
Porquê a duvida nos sentimento e a falta de alento
Respondo-me em coro sempre que me pergunto só
Assim estou porque sonhei
Sonhei o dia e a noite
E no dia e na noite sonhei-me em coro
Mas vem o raiar do dia e vejo-me só
E vem a noite e só estou
Mas para quê sempre esta audácia
Em pensar-se que se é único?
Porquê esta incumbência
De nos fazer-mos sentir alheados
De uma realidade que é conjunta
E nunca singular?
Ficamos sempre a meio caminho
De onde queremos andar,
De onde queremos passear pelos dias.
No fim resta sempre em nós um sofrimento inaudível
Que depois extravasa nas reacções mais imberbes do ser humano.
Corja de frustrados
Que se frustram uns aos outros,
É assim que somos educados,
A pensar no egoísmo como modo de atingir
Um patamar superior,
Quando na verdade aquilo que se atinge
É o mofo do espaço vazio e só!

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