domingo, 27 de novembro de 2011

Madrugada...

Fechei os olhos e vi que na madrugada da vida, espaço não abunda para que o espanto chegue!

Ficamos presos no pensamento, iludidos pelos momentos de magia e cegos pelo respingar da esperança no coração farto de sacrifícios.

As horas navegam por um mar de choro que se derrama por só se amar o que se deseja e se amar intensamente, quase como se nada mais importasse.

Mas o que importa afinal na madrugada da vida? O que se espera e anseia senão tudo?

Mas pouco importa, o conjunto expressa que o indivíduo se faça á pressa, sem promessa que se faça bem!

Os clarões advinham um futuro próximo, distante do que se quer ser, mas a obrigação que o conjunto expressa depressa nos demove de pensar por nós!

Temos de fazer parte, temos de ser um continuar de algo finito e imoral, não podemos baixar as defesas e ultrapassar as fronteiras.

Mantém-te, mantém-te filho “e consolida”, não o dizia já o branco? Como é que a ausência de cor é a paleta de todas as cores, a paleta onde se tornam nítidas e mesmo assim ninguém as entende?!

São as cidades, as cidades que em redor de nós erguemos que não nos permitem sequer ver o vizinho ou invejar o seu quintal. Não conhecemos senão a ideia que os outros fazem de nós e isso parece no fundo bastar, qualquer coisa, no fundo parece bastar!

Mas eu fechei os olhos e vi, nessa madrugada de vida eu vi o espaço onde o inferno chega, o inferno do aborrecimento por não nos espantarmos com a novidade que chega, sabe-se lá bem como ou de onde!