sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A ti.

Um corpo
O dela
Morto,
Peso torto.

Eu absorto
Atrás,
Adiante
Sem saber
Degradante.

Andei,
Me afastei  
Indelevelmente,
Aparentemente

Completamente.

sábado, 26 de setembro de 2015

#31


Corpo aberto
Como irritante ferida
Sem sarar!

Uma certa letargia
Advinha uma vontade vã.
Sentir por escrito
O  lamento por caracteres,
Como que saída da prisão
Mas nada, nada de nada me saia !

Devolve o mar,
Devolve maresia de manhã
Devolve o corpo,
Devolve  vontade,  

Sonho.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sanguessugas

De  tempos a tempos
Nos tempos que temos,
Momentos surgem
Em que gentes rugem!

E mais fortes que os ventos
Em lugares poeirentos
Surgem sedentos
Monumentais portentos
Que por tempos e tempos
Nos deixam cinzentos.

E de tempos a tempos
Mares dentro nos vemos
Nas vagas que urgem,
A alguns que se insurgem!

E de fracos alentos
Por cá ficam os tentos
Imortais desalentos
Cárceres de lamentos
Que sinal dos tempos,

Nos sugam mil momentos.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Enfim

Percorrer o teu corpo com doçura
Era como descer a ladeira da loucura
E sem encontrar cura adoecer de ternura.
 mas,
No corpo derramo agora vazio
E um frio que me gela no estio
E um torpe esgar de baldio.
 mas,
Terminou e fui fim.
Começou e fui fim.

E foi como foi e fim.

Corpo além muro.

Um corpo calado no medo
Cuspido num sopro pró mundo
Imundo desnudo e sisudo
Trespassa-se e esvai-se caindo

E não termina o torvelinho
E não cessa o burburinho
E tudo é devastador
E sem brilho, incolor!

E perdido procuro no escuro
Por novas além deste muro
E nada encontro, nada além...

Nada .

Graça Real

Palavras que vãs lavras em teus lábios
Soltam-se das algibeiras em torrentes.
Esquecidos ficam meus abraços,
Como parábolas de um velho só.

Rompem-se em pedaços,  pecados meus,
Soltam-se amarguras em tuas curas.
E por mais que sonhe, não durmo!

E só queria sorrir no corpo nu
Despertar e ser em graça
Mas sou garça, sou ave vespertina
E sem rumo, sem tino!

E hoje vou...