quinta-feira, 10 de março de 2011

Ah se eu soubesse, se eu soubesse apenas
Que mais que muitas vezes me deixei cair por pena
Ah se eu soubesse, se eu soubesse o que hoje sei
Ontem teria sido mais, muito mais que apenas rei

Se tivesse como ver, se tivesse como reconhecer
Se houvesse forma de perceber, maneira de saber
Se existisse consciência pelo meio da demência
Se houvesse, ah, seu eu soubesse o que eu não sei

Mas como, agora erguido, não ficar preso ao passado
Mas como, renascido, não ter remorso do que foi
Mas como, expliquem-me, como não chorar!
Como não vi eu, como não vi eu a fraqueza!

Ah, se eu soubesse que a vida é mais que isto
Se eu soubesse o que agora descubro
Se eu imaginasse o peso do que encobri
Se eu pudesse, pudesse voltar atrás

Mas não volto, sou devoto de mim mesmo,
O que foi já era, o que era foi e agora
Resta o sonho de vida que agora deixo que me encante,
Agora restam os dias foragidos do trauma,
Resto eu e todos e tu também.

Eu não volto, não volto lá para me sentir no limbo,
Para me sentir no purgatório como uma alma errante,
como algo distante, como uma alma pecadora que mais não fez que ver a aurora!
Agora é tempo de ir, soltar amarras ao futuro e ir!

Ah, se eu soubesse, se só eu soubesse o que não sei
Ah, se adivinhasse, se adivinhasse o que não tinha futuro
Ah, seu eu fosse, mago ou adivinho
Se eu soubesse, se eu soubesse o que não sei.

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