Tenho sentido coisas
A
cercarem-se de si
A ponto de se muralharem
Se lacrarem,
Implodirem.
Coisas novamente
Sem
sentindo
Que as coisas são só isso
Coisas em si mesmas
A mentir de boca cheia
Do
tempo que em si levam
Lavrando verdades d’outras coisas
Deixando-se toldar
Por verdades meias
Que nada são senão ocas
Num vazio pleno de se serem parcas
Deixando-se desvendar
Só
por elas próprias
E nada mais importa.
Haverá um ímpeto forte
De serem verdade
Serem a verdade das coisas
Que carregam mais coisas
Sempre exortando
É em lugar algum que as coisas se deixam
toldar
Por serem isso mesmo,
Coisas que em si se toldam,
Coisas que em verdade não são.
Nessas
miragens
Deixar
abater-se nas margens
Num espanto de ser a sós
Agregando umas a outras coisas
Que deixam de o ser
Só coisas!
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