sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Filipa

O que te diria nos tempos idos?
O que te sopraria aos  ouvidos?
Que apontaria?
Inspiraria?

Olhar o vago mar de um ar ainda mais vago,
Colhendo do ser,  frutos, de não ver
 Não ser, como quem não sente 
Vivendo num sempre, será?
Como nunca foi!
Como já não há!

Amanhã, ainda pela fresca, quase certo,
Abrirei os olhos e erguerei o peso morto.
 Morto desse dia, que vou matar ou deixar morrer
O morto desse dia, que eu sou para não me esquecer
Esquecer nunca que todos os dias voltamos, de verdade,
A nascer!

E a haver vida frutuosa, apaixonante e bem viçosa, 
Nessa, descansado acordarei,
E se assim me bafejarem os ventos,
Se não me murcharem nunca os alentos, 
Juro, por ti juro, que não terei tormentos!

Só momentos e momentos em momentos! 





14 Setembro de 2012

Porto

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