sexta-feira, 16 de março de 2012

A Pedra Dura que Fura!

É a pedra dura que fura homem, é a pedra!

É a fúria da dura pedra que urra, é ela homem!

Não é a censura que a adormece, não é !

Não é o uso que a empobrece, bem vês!

É a pedra dura que muda homem, é a pedra!

É a luxúria até na ternura que sussurra, é ela homem!

Não é a liberdade que a acorda, não é!

Não é a democracia que a enaltece, bem vês!

Nunca é bem a hora, não é homem?

Nunca chega bem o momento, não é homem?

Estamos sempre a ir por onde viemos, não sentes?

Estamos sempre a meio caminho, não sentes?

Nunca somos água na pedra homem!

Nunca furamos a merda homem!

Estamos sempre no conforto de nos incomodar-mos!

Estamos sempre no lugar de tentar ser!

E lá fora, onde nasce a pedra, lá onde o homem erra,

O que fica homem? De quem fica homem?

Quem grita no longe homem? Quem morre?

Quem lá fora, onde a pedra mora, morre por ti homem?

São tambores de rocha, martelados por forte granito,

Pedra em pedra a ressoar, a chamar e clamar por mãos!

Mãos que lancem as pedras do chão!

Somos nós homens, somos nós!

O futuro está cansado de ser passado a lutar por um justo presente!

Somos nós homens, somos nós! Somos nós a nossa voz!

Somos homens? Ou futuros avós de outros como nós?

Tenazes, capazes, mas sempre impotentes de si próprios?

É a pedra dura homem! A dura pedra que muda!

É a fúria da pedra dura homem, a pedra que cura a loucura!

Não é a promessa de um vão futuro!

Não é nada que tenhamos já visto, ou pensado, ou vivido!

É o futuro Homem!

Usa a mão...

Lança o teu!

É o futuro, homem!

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