Ouve qualquer coisa no repente do de repente que me esmagou,
foi quase como um sorriso que me engoliu...
Teve aquele momento da falha aqui, bem no fundo, no fundo do
poço profundo que guardo.
Mas e depois? O que aconteceu depois? O que surgiu do
depois, quem fomos nós, o que vimos e sentimos? Quem amamos, com quem sorrimos,
como o dissemos e sentimos?
Estive dez dias, dez, á porta de quem julgava conhecer. As
horas foram-se transformando em dias e os dias em séculos e os séculos em tempo
que se transformou depois em existência e matéria e tudo...
Passou todo esse tempo e eu sentado á porta de quem julgava
conhecer.
Nunca, nem por um momento me lembrei de tocar á campainha,
ou em desespero bater na porta...
Fiquei sozinho, na porta de quem julgava conhecer sem ter o
sangue frio suficiente para pedir entrada, auxilio, ajuda!
Agora não há agora e eu não sou eu, sou outro que está
noutra porta a perceber se tem coragem, a ver se tem energia para pelo menos
desta vez espreitar uma janela, pequena, grande, ou... pouco importa...
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