sábado, 7 de maio de 2011

Onde vão as horas, onde vão.

Onde vão as horas onde dizes chorar.

Onde vão, onde vão em vão?

São só horas,

Não importa onde,

Pouco importam!

Mas são horas que se contam,

Horas em vão que se choram,

Horas que passam e importam!

Não são não,

São só tempo,

Tempo que não pára!

Mas e os dias, os segundos e as horas?

Como os contas então?

Todo esse tempo teu, como o passas então?

Não a contar,

Ou a chorar,

Nunca a contar!

Iludes-te, em todo o tempo te iludes

E pensas que me confundes,

Que me fazes perder tempo sem contar!

Conta,

Tudo o que tens a contar,

Chora!

Mas como é que conto sem ti,

Do meu lado a bater,

A batida que sinto chorar?

Não choro,

Não te iludas,

Só bato…

Sinto o pulsar do bater

O rosto, eu o sinto, tremer!

Bate, toda a hora, bate, vá!

Bato,

O coração,

Bato.

O coração do meu coração,

Será que ele me conta a mim?

Assim, como te conto a ti?

Conta,

O teu coração

Não me contes a mim!

Triste, coçado de tanto usar,

Sinto o coração cansado

De tanto me ter de contar!

Chora,

Chora-te só a ti,

Não contes e chora,

Chora o que choraste de mim!

Choro,

Nesta hora,

Choro!

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