terça-feira, 24 de maio de 2011

Estava aqui a pensar no novo mundo,

Um mundo sem fundo e dor,

Um mundo todo de cor,

Recheado de paz e amor.

Eis senão quando, me picou um mosquito,

Ele estava aflito, a carecer de sangue,

A carecer de tudo, principalmente do sangue,

O sangue que em mim fluía, pleno de amor por ti.

Por isso mesmo, e como o amor que por ti tenho

Chega para dar e vender, deixei-o sorver,

Sorver, sorver, sorver, até inchar,

Quase ao ponto de explodir!

Ele aproveitou, muito do meu sangue levou,

Sangue doce, apaixonado,

Só por ti enamorado, extremoso, exacerbado…

Voou de mim, ás cambalhotas,

Todo em reviravoltas e rectas todas elas tortas

Até que na parede pousou.

Com uma das patas, tudo o que na viagem suou, limpou.

Ficou ali, na parede branca, um ponto vermelho de sangue, rosado…

Pouco depois caiu, com tanto amor e paixão

Não aguentou o sangue pesado!

Caiu no chão, e como nunca antes vi,

Bem no chão de um qualquer quarto,

Um mosquito dormiu bem descansado!

Sem comentários:

Enviar um comentário