quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Despedidas.

Tantos Anos Tantos
Embebida em prantos,
Gemendo só,
Em cantos.
E chovem clarões,
Trovejam sonoras monções
E eu...
Eu já não me visto de emoções! 
Deixo-me só estar parada,
Aqui, onde não me tocam, nada.
O ser sozinha é a minha morada!
E habito-me de esgares,
Rasgos de me ser sem mim!
Presa por mim na vontade,
Com medo de a não ter no fim!
Sou o que dizem de mim,
Sou o que fazem por mim,
Sou quem fui.
E no fim?
 Que serei eu? 
 No fim,
Quando a luz se apagar
E, gentilmente, a solidão me afagar,
Além de mim, nada,
Nada que meu olhar já não traga!


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