Tantos Anos Tantos
Embebida em prantos,
Gemendo só,
Em cantos.
E chovem clarões,
Trovejam sonoras monções
E eu...
Eu já não me visto de
emoções!
Deixo-me só estar
parada,
Aqui, onde não me
tocam, nada.
O ser sozinha é a
minha morada!
E habito-me de esgares,
Rasgos de me ser sem
mim!
Presa por mim na
vontade,
Com medo de a não ter
no fim!
Sou o que dizem de
mim,
Sou o que fazem por
mim,
Sou quem fui.
E no fim?
Que serei eu?
No fim,
Quando a luz se apagar
E, gentilmente, a
solidão me afagar,
Além de mim, nada,
Nada que meu olhar já
não traga!
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