domingo, 3 de abril de 2011

Vai a cambalear, sem abrandar o passo,
Cada passo mais trôpego que o outro,
Mas todos sem se deixar cair no chão.
Vai a cambalear no meio da rua deserta
Mas sempre sem esquecer o destino que a aperta.
Segue só e a cambalear pelo meio da rua deserta,
Nem sozinha, nem com par o seu passo lesto aborta
Vai a cambalear e tão sozinha
Dizem dela, “que está perdida”.
Vai sozinha e a tropeçar,
Mas mesmo assim não definha!
Que frio gélido a contorce
Que raio de sol tão distante
Todos os sentidos bêbados
Mas o mesmo olhar radiante!
Não lhe falta a calma no andar,
Não padece de doença alguma,
Aquilo que a faz tropeçar
É a dificuldade em sonhar.

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